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Especial 10 anos / 2016
76
A
no 7
Matéria publicada na edição 64
Com mais de 470 mil habitantes, o tradicional bairro da
zona leste de São Paulo apaga mais uma velinha neste mês
de setembro. Para partilhar histórias, curiosidades e sugerir
melhorias para a região, a equipe da Revista CityPenha con-
vidou para um café da manhã penhenses renomados e que
lutam, sempre, pelo desenvolvimento do bairro. Participa-
ram do bate papo o Dr. Marcio Gonçalves, presidente da 94ª
Subseção Penha de França - OAB, Francisco Folco, curador
do Memorial Penha de França, Eugênio Cantero Sanchez,
superintendente da Distrital Penha da Associação Comercial
de São Paulo e diretor da Gazeta Penhense, Marco Antônio
Jorge, coordenador leste da Associação Comercial de São
Paulo, Darcio Cardoso, da Associação Viva a Penha e Paulo
Aguiar presidente da Associação Viva Penha e da Revista
CityPenha.
O francês, a santa e a suposta criação do bairro
Considerado um dos bairros mais tradicionais, populosos
e antigos de São Paulo, Penha de França tem sua história de
criação atrelada diretamente à Padroeira da Cidade de São
Paulo, Nossa Senhora da Penha. Verdade ou não, um antigo
conto diz que um viajante francês, em meados do século 17,
em passagem por onde hoje é o bairro da Penha, parou à noi-
te para descansar. Na bagagem ele carregava uma imagem de
Nossa Senhora da Penha. Ao despertar-se, logo pela manhã,
seguiu sua caminhada, mas sentiu falta da santa. Voltou ao
local onde passou a noite e descobriu que ela estava lá. A
pegou e retomou o trajeto. O feito voltou a acontecer: sentiu
falta da imagem da santa, retornou ao local onde dormiu e lá
estava a imagem. Por isso, o tal francês concluiu que a santa
havia escolhido aquele local como uma espécie de pousada
e, sendo assim, construiu no local uma capela, e em seu
torno nasceu o bairro.
Um dos aspectos históricos da criação do bairro está li-
gado às tribos indígenas que já habitavam a região. “APenha
não é um bairro que surgiu em decorrência do crescimen-
to de São Paulo. Ela sempre existiu como núcleo indígena,
principalmente na região próxima ao Esportivo, comprovado
por descobertas arqueológicas. Como o solo era muito fértil
isso permitiu que vários empresários de São Paulo constru-
íssem suas casas de campo aqui na colina, como o Coronel
Rodovalho” explicou Eugenio.
Segundo Folco, “um dos aspectos mais importantes da
história da evolução da Penha vem do fato que ela era um
ponto obrigatório de pernoite dos tropeiros que saiam e che-
Penha comemora 345 anos
no dia 8 de setembro
por Arilton Batista
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