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Especial 10 anos / 2016
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A
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Basílica da Penha promove festa em
nome da Padroeira da Cidade
O dia oficial é oito de setembro, mas as comemorações
começaram antes. Desde 18 de agosto shows, quermesse,
barracas de alimentação, bingo e entretenimentos para a
crianças contemplam a comemoração do dia de Nossa
Senhora da Penha, que é realizada na Basílica da Penha.
No próprio dia oito de setembro, sábado, haverá a
Missa Festiva às 7h30, às 10h a Missa dos Doentes, Missa
às 15h com o Monsenhor Carlos de Souza Calazans e
Padre Silvio Pilon e, às 19h, a Missa presidida por Dom
Manuel Parrado Carral - Bispo Diocesano.
Em seguida, após as missas, haverá procissão pelas
ruas do bairro. A comemoração, com quermesse, comes e
bebes, será nos dias 1, 2, 7, 8 e 9 de setembro.
"Na verdade, sóDeus sabe como serão os próximos dias
de festa. Mas até agora tem sido muito bom. A expectativa
é que continue assim até o término das comemorações",
diz o Monsenhor Calazans sobre a celebração do dia de
Nossa Senhora da Penha.
gavam a São Paulo. E nesse tempo pernoite incluía toda a
rotina de descarregar a carga dos burros para eles dormirem,
cuidar da carga, alimentação e o descanso, favorecendo a
instalação de toda uma estrutura para atender a isso, ao pon-
to de no início do século 19 São Paulo tinha 3 hotéis e a
Penha tinha 2”.
Neste ano, inclusive, completam 190 anos que Dom Pe-
dro I pernoitou na Penha, em sua viagem para São Paulo
quando fez a Proclamação da Independência.
“A configuração urbana da Penha tinha todo um comér-
cio voltado para o viajante, chapelaria, lanchonete, restau-
rante, não tinha mais hotel por conta do automóvel, mas o
primeiro posto de gasolina fora de São Paulo era na Penha”,
completa Folco.
O aspecto religioso sempre foi forte no bairro, e a devoção
pela santa cada dia maior ao ponto de Nossa Senhora da Penha
ser a padroeira da Cidade de São Paulo.
“As festas da Penha sempre trouxeram muita gente da
cidade toda para cá, tanto para a procissão como para a quer-
messe que era famosa pelos pratos e pela diversão”, afirma
saudoso Marco Antonio, que a muito trabalha na organiza-
ção dos eventos de comemoração do aniversário do bairro.
Um ponto interessante da história, ligado a devoção a
Nossa Senhora da Penha está no fato de que por várias vezes,
quando a cidade passava por graves crises, a santa era levada
a Câmara Municipal e depois retornava em romaria.
“Nos últimos dois anos realizamos o passeio de motos
reproduzindo a romaria, vindo com a imagem de Nossa Se-
nhora da Penha da Praça da Sé até a Basílica da Penha, com
um cortejo que chegou a mais de mil motos, pela Av. Celso
Garcia e subindo a ladeira da Penha”, conta Eugenio.
Contando com um grande patrimônio histórico, em parte
já tombado, composto pelo Largo do Rosário com a Igreja
do Rosário, pelo Santuário de Nossa Senhora e pela Basílica
da Penha, a associação da festa do bairro com o dia de Nossa
Senhora da Penha é quase inevitável, mas a cada ano são
criados mais eventos marcantes em comemoração ao aniver-
sário da Penha.
“A Associação Comercial tem realizado todos os anos
vários eventos ligados à Festa da Penha, como a Exposição
de Carros Antigos em parceria com o Clube Chevrolet. Esse
evento reuniu quase 10 mil pessoas no Parque Tiquatira no
ano passado”, conta Darcio.
“Um evento que já está no 7º ano é o Concurso Literário
Viva Penha para os alunos do Ensino Fundamental e Médio
que escrevem redações com temas ligados ao bairro,” co-
menta Paulo Aguiar.
Atualmente o calendário de eventos ligados à comemo-
ração do aniversário é grande, incluindo a parte religiosa
que permanece ativa, com a realização de missas, novena
e procissão.
Marco Antonio explica que “sempre foram realizados
muitos shows musicais durante todo o período da Festa da
Penha. Antes a festa acontecia em um dia específico, 8 de
setembro, mas isso foi ampliado com a quermesse sendo re-
alizada em todos os finais de semana do mês, além dos vários
outros eventos”.
Todos concordam que muito precisa ser feito para revita-
lizar nosso bairro, fortalecendo suas tradições e melhorando
suas condições de crescimento.
Francisco Folco, defende a ideia de que Penha de França
já foi o que podemos chamar de Centro da Zona Leste, e para
o Dr. Marcio Gonçalves há a necessidade real de incentivo e
apoio das entidades e empresas instaladas na região para um
desenvolvimento maior do bairro, principalmente no âmbito
cultural. “Nós podemos chamar as igrejas evangélicas, as es-
colas particulares, a Associação Comercial, o Clube Espor-
tivo da Penha. Vamos chamar esse pessoal e vamos sentar
e conversar. Porque hoje nós [Penha] somos um corredor.
Aqui o pessoal passa, e só passa. Não descem para aprovei-
tar. A Penha tem que ter um viés cultural mais forte. A gente
podia ter exposição de fotografia, de quadros, aulas. Se você
trabalha em conjunto, vai ecoar muito mais”, diz.
“Se cada um fizer um pouco de si, nós conseguimos ala-
vancar nosso bairro”, complementa Marco Antônio.
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