CityPenha Janeiro 2016 - page 18

Janeiro / 2016 - nº 104
18
S
aúde
O Transtorno do Pânico
e suas consequências
É um transtorno de ansiedade com características pró-
prias, onde existe o medo de que algo ruim ocorra de forma
inesperada. A situação de pânico começa inesperadamente e
traz consigo os seguintes sintomas: medo súbito, tremores,
sensação de falta de ar ou sufocamento, dor ou desconforto
torácico, náusea ou desconforto abdominal, medo de perder
o controle, medo de morrer, calafrios, ritmo cardíaco acele-
rado, irritabilidade.
Esses sintomas desenvolvem-se abruptamente e alcan-
çam seu pico em mais ou menos dez minutos. O estado de
tensão é permanente. Algumas informações que se tem notí-
cia na literatura atual, são importantes para conhecer o trans-
torno melhor;
- O transtorno do pânico é relativamente mais comum em
mulheres do que em homens, atribuída pela variação hormonal.
- Ataques de pânico costumam surgir na adolescência ou
no início da idade adulta.
- Homens com Transtorno do Pânico desenvolvem sig-
nificativamente mais diagnóstico de depressão.
O Transtorno do Pânico já é considerado um proble-
ma sério de saúde. Atualmente, 2% a 4% da população
mundial sofre deste mal e, as pessoas que apresentam o
transtorno costumam fazer uma “via crúcis” a diversos
especialistas e após uma grande quantidade de exames
complementares recebem o diagnóstico do “nada”, o que
aumenta a insegurança e o desespero.
O pânico é real e potencialmente incapacitante, e, mui-
tas vezes por causa dos sintomas desagradáveis, pode ser
confundido com doença cardíaca ou outra doença grave.
A repetição das crises súbitas, sem causa aparente, sem
diagnóstico clínico e com as mais variadas explicações,
gera a descrença na própria capacidade de lidar com elas.
O Transtorno tende a surgir com mais frequência em
pessoas que apresentam alto nível de estresse e ansieda-
de. Predisposição genética, uso de drogas, uso de álcool,
mudanças e perdas significativas podem contribuir para o
seu aparecimento.
Podemos desenvolver a doença sem que haja qualquer
motivo aparente.
O importante é saber que existe tratamento com re-
sultados extremamente eficazes. Faz-se necessário um
tratamento que vise estabelecer o equilíbrio bioquímico
na primeira etapa, e, isso pode ser feito através do uso
de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, e, numa
segunda etapa psicoterapia cognitivo comportamen-
tal, que prepara o paciente para que ele possa enfrentar
seus problemas, limites e adversidades vitais de maneira
consciente.
Trata-se de estabelecer junto com o paciente uma
nova forma de conduta, priorizando o enfrentamento dos
seus medos e autocontrole.
O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao
comprometimento do paciente com o mesmo. Todas as
pessoas que sofrem do Transtorno do Pânico devem bus-
car entender as peculiaridades que envolvem o mal e,
fazer uma “aliança terapêutica” com o tratamento psi-
cológico e psiquiátrico, no sentido de juntos superar as
dificuldades que poderão surgir na busca do equilíbrio
pessoal e emocional.
Renaura Silva Francisconi Pardal
• CRP 35469-7 • Psicóloga
Clínica e Psicopedagoga • Av. Amador Bueno da Veiga, 1.230 cj 1002 •
• 99299-0932 • 2791-4005
1...,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17 19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,...68
Powered by FlippingBook