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Setembro / 2015 - nº 100
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Primeira consulta
com o Psicólogo?
Entenda como é o primeiro contato com
esse profissional
S
aúde
No dia 27 de agosto é comemorado o Dia do Psicólo-
go, profissão que analisa e auxilia o paciente a compreen-
der as causas de suas dúvidas e angústias auxiliando-o a
superá-los. Ainda existe o mito de que só precisa de psi-
cólogo quem tem algum distúrbio ou transtorno mental, o
que não procede, já que ele é o profissional adequado para
ajudar a lidar com os obstáculos da vida, situações do co-
tidiano que geram angústia, problemas de comportamen-
to e relacionamento etc. Para esclarecer as dúvidas sobre
o assunto, as Psicólogas do Hospital e Maternidade São
Cristóvão, Susi Andrade e Luciana Giuntini de C. Sasso
explicam mais sobre o papel desse profissional e como a
psicologia ajuda as pessoas.
A consulta com um Psicólogo é indicada a pessoas que
buscam autoconhecimento, estejam em sofrimento e quei-
ram resgatar o controle de suas emoções, “Excesso de an-
siedade, sofrimento, descontrole emocional que impacta
negativamente em suas relações interpessoais, autoestima
baixa, depressão, alterações de humor, transtornos alimen-
tares entre outros, são alguns dos sinais sugestivos de que
é a hora de buscar um profissional que possa auxiliá-lo
a lidar com essas questões”, diz Susi Andrade. É impor-
tante ressaltar que as terapias não são apenas voltadas às
pessoas com alguma doença como depressão ou ansieda-
de, “O principal objetivo da psicoterapia é promover o
autoconhecimento, pautado em um conhecimento teórico
e técnicas científicas que favorecem a uma alteração de
comportamento e resolução do problema relatado”, diz
Luciana Giuntini de C. Sasso, do Hospital e Maternidade
São Cristóvão.
Na primeira consulta, é observado o objetivo do pacien-
te e identificar a queixa ou o problema que o levou a procu-
rar ajuda, “É neste momento que estabelecemos um vínculo
com o paciente e explicamos como será o tratamento e a
linha a ser utilizada, exe: Terapia Cognitiva Comportamen-
tal, Psicanálise, Fenomenologia Existencial, Junguiana
etc.”, lembra Susi Andrade. Após a entrevista inicial, se o
paciente apresentar questões que precisam ser trabalhadas,
inicia-se a psicoterapia de acordo com necessidade – sema-
nal, quinzenal, individual ou em grupo.
Nas primeiras consultas avalia-se o problema, a for-
ma de pensar e o comportamento do paciente, após isso,
começa o processo de reestruturação cognitiva, “É nes-
sa fase que o paciente aprende a identificar a
sua forma de pensar, e como pensar de modo
mais assertivo e realista, promovendo assim a
diminuição de sintomas e melhora de quadros
depressivos e ansiógenos”, explica Luciana
Sasso. Ao contrário do que muitos pensam as
consultas não se tratam de um monólogo onde
o paciente desabafa seus problemas e ânsias
sem obter algum retorno do profissional, “Há
casos em que deixamos o paciente falar livre-
mente sim, mas para promover associação,
nesses casos passamos o feedback ao longo da
terapia, mas há outras abordagens onde real-
mente conversamos com eles”, ressalta Lucia-
na Sasso.
As consultas normalmente duram entre
30 e 50 minutos e são sempre confidenciais,
mantendo a discrição e a relação de confiança
com o paciente.
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