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Setembro / 2016 - nº 112
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Sem nenhum exagero, é bom o brasileiro cair na real: é
mais fácil cantar um samba sem tropeçar nos verbos e ad-
jetivos do que acertar de cima a baixo, a letra e a melodia
do Hino Nacional.
Acostumado a enaltecer outros valores, como samba e
futebol, em vez de glorificar os símbolos nacionais, o bra-
sileiro dá pouca importância ao que realmente representa
o Brasil: o Hino, a Bandeira, o Brasão e o Selo Nacional.
Para ele, manifestar seu amor à Pátria, da forma mais tra-
dicional (hasteando a Bandeira e cantando o Hino) é como
um dever nas datas cívicas, no mais, prefere declarar sua
admiração pelo país em versos de samba cadenciado na
ponta dos dedos numa caixa de fósforos.
Não se pode esquecer que o espírito de brasilidade
atinge com força total cada brasileiro em duas datas: espe-
cialmente na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. Orgulho-
so da vitória ou solidário na derrota, o torcedor sai sempre
à rua, portando bandeiras como a lembrar que o Brasil é
uma nação. Nesses momentos de disputas, ele chora, se
emociona e como todo bom latino, até dramatiza seus sen-
timentos. As emissoras de televisão aproveitam para ex-
plorar imagens do povo derramando lágrimas, de alegria
ou de tristeza.
Mas como esses fatos são sazonais, o brasileiro fica
muito tempo com a bandeira guardada no armário e se
esquece de usá-la em outras ocasiões. Ao contrário dos
norte-americanos, por exemplo, que não perdem a opor-
tunidade de exibir sua bandeira. Um exemplo típico dessa
devoção é vista nos filmes. Lei federal dos Estados Uni-
dos obriga a inclusão da imagem da bandeira em todo
filme produzido no país.
É por isso que a bandeira norte-americana é perso-
nagem importante e constante em todas as fitas nascidas
em Hollywood.
E onde está a culpa maior desta falta de interesse pe-
los símbolos nacionais? Entre as muitas respostas que se
pode dar, uma é certa: ausência de divulgação e falta de
conhecimento.
O brasileiro quando sabe muito, conhece o motivo da
escolha das cores da bandeira. Ele aprendeu que o verde
simboliza as florestas, o amarelo o ouro, e o azul o céu.
Ir além disso é exigir muito, hoje em dia.
Vamos aproximar escolas, instituições culturais e
toda a sociedade para aprender como os 4 símbolos na-
cionais, o Hino Nacional, a Bandeira Nacional, as Ar-
mas Nacionais e Selo Nacional, devem ser utilizados de
forma adequada e entender porque eles são verdadeiros
retratos vivos do Brasil e de sua gente. Eles são repre-
sentações de nós mesmos e devem ser vistos como meio
de praticar a ética e a cidadania, demonstrando o respei-
to pelo nosso país.
A Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto núme-
ro quatro, de 19 de novembro de 1889. Tem por base
um retângulo verde, com um losango amarelo e, dentro
deste, um círculo azul representando uma esfera celeste;
A Bandeira, o Hino, o Brasão das
Armas Nacionais e o Selo Nacional
são legítimas manifestações da
nacionalidade brasileira
D
estaque
por Silvestre Gorgulho
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